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Bons e Maus Profissionais

  • Foto do escritor: raquelmsarmento
    raquelmsarmento
  • 25 de ago. de 2014
  • 3 min de leitura

Não estamos sozinhos em nossas profissões, ainda que tenhamos uma ideia mirabolante sobre uma nova atividade, sendo totalmente inovador e empreendedor, logo logo começa a surgir a concorrência.

Em tudo que fazemos em nosso dia a dia, temos outros colegas fazendo a mesma coisa. Uns fazendo melhor, outros pior. Muitas vezes chega a ser interessante que tenham maus profissionais, pois você que está fazendo direitinho seu trabalho pode se destacar. Por outro lado, a ação de maus profissionais denigre a imagem de toda uma classe.

Sabemos que isso acontece com todas as profissões, mas quando falamos de profissionais que lidam com gente, e não com números e materiais, ou seja, quando o trabalho ou seu resultado é mais subjetivo e menos concreto, isso torna-se um mal maior.

Aposto que você já ouviu alguém dizendo que “Psicólogo não serve para nada, se precisar converso com meus amigos”, ou “Pra que Personal trainer, qualquer um sabe calçar um tênis e caminhar”, ou ainda “Nutricionista?! Só é preciso fechar a boca durante a semana!”. Na minha opinião, pessoas que usam frases como essa em algum momento de suas vidas passaram pelas mãos de maus profissionais. Aqueles que de alguma maneira não estavam preparados para assumir seu papel, aqueles que deixaram a impressão de que o dinheiro gasto não valeu a pena, aqueles que não foram atenciosos ou específicos o suficiente, os que não explicaram direito, ou não prestaram atenção às necessidades daquele cliente, aqueles que não estudaram o bastante e saíram aplicando conceitos de maneira confusa ou arbitrária, os que preferiram usar o senso comum em lugar da expertise profissional.

Estes profissionais fazem a anti propaganda de seu ramo. A pessoa que precisa de seus serviços chega, indicada por alguém que não conhece direito o serviço prestado, ou desavisada pela internet ou um anúncio atraente, e entrega nas mãos desse profissional uma pedra bruta, que poderia ser bem lapidada, mas é talhada, quebrada, ou ainda algumas vezes, apenas desempoeirada. E então a pessoa sai com aquela sensação que aquilo não é para ela, e desiste de procurar outro profissional, afinal, o resultado passou longe do esperado.

Quem por outro lado conhece um bom profissional, passa por um processo verdadeiramente eficiente, ainda que dolorido, ainda que exija muito esforço pessoal, percebe a diferença no fim do dia. Sente-se compreendido e bem direcionado, sente-se ouvido e tem suas expectativas atendidas. Ainda que não saiba bem quais são elas.

Muita gente chega até mim dizendo que agora todo mundo é Coach. Verdade, de um tempo para cá, proliferaram-se profissionais de coaching, e há profissionais de todos os tipos, bons e maus.

Quando me perguntam o que eu faço de “diferente”, quase me imagino como um desenho animado, tentando tocar 3 instrumentos enquanto giro pratinhos e levo uma torta na cara... Então volto a raciocinar e respondo que me preparei e estudei bastante, ainda investindo tempo e dinheiro em aprimoramentos, que tenho um tempo de estrada que me garante saber que já consegui bons resultados, mas que acima de tudo, tenho respeito pelos clientes, ouvindo muito e só falando e fazendo aquilo que tenho certeza que tem embasamento, efetividade e valor real.

Quando eu saí da faculdade eu me achava ainda muito inexperiente para ser terapeuta. Achava que eu precisava ter experiência de vida para compor meu repertório, e que apenas ter estudado em uma excelente faculdade não me bastava para me sustentar como psicóloga. Claro, isso era e é uma opinião minha sobre mim mesma. Tive bravos colegas que apostaram em sua excelência como terapeutas e foram muito bem sucedidos. Cercaram-se de outros suportes, uma boa supervisão, mais estudo, muito preparo, e encararam o desafio.

Acredito que humildade e autoconhecimento são fundamentais para complementar o perfil de um bom profissional. Se você tem humildade no mínimo vai se questionar se está fazendo a coisa da melhor maneira, e se você se conhece de verdade, sabe onde estão seus pontos fracos e pode ir em busca de desenvolvimento.

O mau profissional muitas vezes já foi bom mas parou no tempo. Não se atualizou, não se analisou, e muito menos buscou evoluir.

O mau profissional pode estar sentado no alto de sua própria vaidade, achando que não precisa nem ouvir o cliente, mas já sabe qual solução tem para ele.

O mau profissional pode até ter muito boa vontade, mas pouco preparo ou pouco acesso ao conhecimento de qualidade. E não busca checar suas fontes.

Se você se reconhece nesses comparativos, está na hora de fazer uma autoanalise e buscar entender seu status atual e onde quer chegar. Se você acredita que está entre os bons profissionais, também está na hora. O fato é que para ser bom, é preciso estar constantemente preocupado com sua excelência.

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