Ganhar no Grito?!
- raquelmsarmento
- 22 de ago. de 2014
- 2 min de leitura
Uma atitude tão condenada publicamente, por qualquer guru de liderança, mas ainda assim tão praticada nas empresas e lares por ai afora.
Quem nunca presenciou ou viveu na pele um tom desrespeitoso de um chefe? Aos gritos, depreciando um profissional ou um trabalho realizado? Palavrões ecoando pelos corredores e salas de reuniões.
Conheci diretores que usavam expressões chulas, palavrões, agressividade extrema porque julgavam que na área comercial, ou numa mesa de operações, quem não falasse (ou melhor, gritasse) assim não seria igualmente respeitado, não estava dando o tom correto!
Outros que simplesmente, reproduziam no ambiente de trabalho, suas grosserias pessoais. Em reuniões, chamam os subordinados de estúpidos ou incompetentes, na frente de quem estiver ali para ouvir, utilizando sua posição e seu poder para diminuir quem quer que seja. É difícil acreditar que eles não entendam o impacto dessa gestão por medo.
Ninguém “ganha no grito”. Momentaneamente, pode parecer que os funcionários ali amedrontados, saiam correndo para atender aos desejos do tirano, mas a médio prazo, as doenças ocupacionais, os processos por assédio moral, o alto turn over, ou até mesmo o boicote e sabotagem, gerados e alimentados pelo ódio irracional que toma conta de quem é diminuído, violentado e massacrado pelo seu chefe irão inevitavelmente aparecer.
Tenho dificuldade em acreditar que estes tiranos não saibam que estão agindo de uma maneira inadequada. Com tanta exposição hoje sobre o tema de liderança, com tanta divulgação sobre assédio moral e sobre o pleno emprego, acho difícil que executivos e empreendedores tão antenados com o mercado não compreendam o que seu comportamento pode gerar.
Podem estar cegos pelo orgulho próprio, por terem atingido altos níveis hierárquicos ou tanto sucesso com seu empreendimento. Podem até mesmo acreditar que de alguma maneira sua fórmula de sucesso inclui menosprezar e diminuir os outros.
Mas é difícil acreditar que eles não saibam que há outra maneira, mais aceita, de liderar. Sem dizer mais eficaz ou minimamente, mais humana, apenas mais aceita hoje em dia.
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