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Xô, Preguiça!

  • Foto do escritor: raquelmsarmento
    raquelmsarmento
  • 16 de jun. de 2014
  • 3 min de leitura
Auto sabotagem não é consciente!
Quando começamos um processo de autodesenvolvimento estamos nos propondo a alterar coisas que fazemos desde sempre. Alterar comportamento, assim como alterar a forma como nos alimentamos ou como nos exercitamos, não é nada fácil.
Mudar significa mexer no conhecido, forçar uma resposta diferente a algo que já estamos habituados, parar e pensar antes de agir, respirar fundo, contar até dez, voltar a um ponto onde não temos a rapidez ou presteza que estamos acostumados.
Uma vez ouvi uma frase que nunca me esqueci, de um portador de deficiência mental: “Pensar dói! ”. Sim, pensar dói, dá trabalho, exige concentração, foco, seriedade e dedicação. Pensar sobre algo que ainda é novo, dói mais ainda.
É só fazer um exercício fácil para perceber a seriedade do que estou falando aqui. Coloque o relógio de ponta cabeça. Na primeira vez que você vai ver as horas, você está ciente de ter virado o relógio, vai achar difícil, mas com um pouco de concentração fará uma leitura correta. Daqui umas duas horas você já esqueceu que virou o relógio, e vai causar um estranhamento ver as horas de cabeça pra baixo. A tentação de simplesmente inverter o relógio será grande. Insista. Daqui uma porção de tentativas você estará habilitado a ler as horas com mais facilidade, mas vai demorar um pouco até pegar o jeito.
Mudar um comportamento é assim. No começo, consciente da sua necessidade de mudar, já tendo entendido qual a melhor resposta para determinada situação (não vamos esquecer que só essa descoberta já é um processo longo!), você irá fazer um esforço, e conseguirá dar a resposta esperada. Mas vai precisar de concentração, de foco, de persistência.
Mas ainda não é natural, portanto, exige uma energia maior do que sua resposta habitual exigiria.
É aí que pode aparecer nossa conhecida inimiga a preguiça, ou a displicência. “Ah, dessa vez vou pular” ou “hoje eu vou me dar um tempo”, ou “ontem foi um dia pesado, então, hoje eu não vou insistir no meu desenvolvimento”, ou “estou muito atrasado/estressado/doente/etc para pensar nisso agora” e coisas desse tipo.
É óbvio que não somos máquinas ou seres a prova de falhas, somos humanos, e muitas vezes ainda inexperientes em determinados campos de nossas vidas, mas uma coisa é fato: somos protagonistas de nossas vidas. Se caímos na tentação do “só hoje” podemos por a perder toda evolução que já tivemos. Existe uma tendência natural humana para deixar de lado pequenos progressos se não conseguimos nos manter na linha. São os famosos regimes que recomeçam na segundas-feiras, as promessas quebradas, o “já que”.
Sejamos diligentes com nosso desenvolvimento. Se deixamos de nos aplicar em nossas novas atividades, em nos concentrar nas novas atitudes, na maneira nova de fazer, voltamos às nossas respostas usuais que são exatamente aquelas que quisemos alterar (qualquer que tenha sido o motivo).
Essa sabotagem não é consciente. Certamente você tem ótimos álibis e/ou motivos. O convite que faço é para não se deixar cair na tentação de se justificar e postergar, ou até mesmo abandonar seu plano de mudança.
Experimente fazer diferente. Insista e persista no seu propósito de se desenvolver. Solte um sonoro “Xô preguiça! ” e mãos à obra. Não deixe que desculpas, boas ou esfarrapadas, tirem você do caminho do desenvolvimento. No fim, vai valer a pena. Você atingirá aquele estágio onde as respostas novas, aquelas cuidadosamente trabalhadas, serão mais naturais. E a recompensa será tudo aquilo que você espera, a carreira no prumo, o time mais harmonioso, o idioma mais fluente, o equilíbrio emocional em dia. Pensar na meta atingida pode ajudar manter o ritmo. Por isso, ter metas intermediárias, desafiadoras, mas nunca impossíveis ou improváveis, facilita a visão de futuro.
Saber estabelecer sua meta pessoal é um exercício que exige análise aprofundada das próprias capacidades, potencial e possibilidades.
Falei em meu texto da semana passada sobre a frase eternizada em “Alice no País das Maravilhas” – Se você não sabe onde vai, qualquer caminho serve – bem como qualquer coisa é motivo para mudar o caminho.
Saber onde se quer chegar, ter uma visão clara sobre como o sucesso se parece, estabelecer metas intermediárias para que elas sejam os degraus que levarão você a atingir seu objetivo final, tudo isso ajuda a manter o foco e espantar a preguiça para continuar firme no autodesenvolvimento.

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​© 2014 by Raquel de Moraes Sarmento

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