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Coach e Líder Coach

  • Foto do escritor: raquelmsarmento
    raquelmsarmento
  • 2 de jun. de 2014
  • 3 min de leitura

Inspirada por um questionamento de um preocupado gestor de pessoas, resolvi escrever este texto, que representa uma opinião pessoal minha, baseada em minha experiência e conhecimentos adquiridos ao longo da minha carreira e formação.
Ser Coach é uma profissão, e também uma missão. É preciso preparo, estudo, formação, dedicação, e sobretudo, um chamado para ajudar as pessoas no seu caminho de desenvolvimento.
Por outro lado, a atitude Coach pode ser aplicada em outras situações da vida, por exemplo, em um cargo de liderança.
Atuar como Líder Coach é uma tendência que deve ser observada com atenção e cautela.
Vejo muito valor nessa atitude, mas acredito que o líder, em seu dia a dia, deve adotar posturas distintas, entre elas, a de Coach, mas não apenas essa.
Quando seu time está em um estágio em que você como líder percebe uma predisposição para se aventurar nas próprias descobertas, quando precisa de uma demonstração de sua confiança, quando tem maturidade e equilíbrio emocional para encontrar as próprias alternativas, esse é o terreno fértil para adotar uma atitude coach.
Um profissional maduro, que tem conhecimento técnico adequado à sua função, precisa ser motivado a encontrar as alternativas numa resolução de problemas, mas nem sempre está acostumado a isso. O modelo tradicional é “o chefe manda e o subordinado obedece”. Utilizar a atitude coach é transgredir esse modelo, e buscar, através de perguntas e incentivos, fazer com que o próprio subordinado encontre a melhor alternativa para a resolução de problemas.
Dessa maneira, o líder permite que o subordinado se desenvolva, aumente a autoestima, o conhecimento, e se prepare para assumir novos desafios.
Nem todo subordinado no entanto, está preparado, ou mesmo se sente confortável com essa atitude. Alguns ainda estão em início de carreira e precisam de mais direcionamento, e mesmo de metodologia. Não é possível criar sem ter uma base, especialmente se falamos de um mundo corporativo, onde as atividades têm um impacto grande em termos de atingimento de metas da companhia. Claro que uma margem de erro sempre deve ser levada em consideração, mas o risco deve ser proporcional ao ganho que se irá atingir.
Com um subordinado que não domina as atividades técnicas, ou que não tenha uma motivação, é preciso que o líder direcione mais, e assim, diminua de certa maneira a liberdade de atuar do subordinado, para que os resultados sejam atingidos de maneira satisfatória. É preciso “tomar as rédeas” da situação. Atenção: Isso não quer dizer ser autoritário! Pode-se usar uma postura que permita um incentivo ao questionamento, que poderá levar, numa escala de aprendizado, a uma atuação como Líder Coach.
Isso significa que dentro de um time, com mais de um subordinado, o líder pode ter que adotar uma postura diferente com cada um dos membros, de acordo com sua maturidade em relação às atividades exercidas.
OK, mas vamos assumir que o líder tem uma equipe bastante sênior, que vai encarar bem essa nova atitude. Assim ela deverá ser a única que o líder irá adotar, isto é, o gestor dessa equipe sênior será idealmente um Líder Coach 100% do tempo, certo?
Errado. Equipes com alto grau de maturidade e independência também vive momentos de crise, provocados internamente (mudanças vividas pelos próprios subordinados, que são, veja só, seres humanos, com suas vicissitudes e qualidades), ou por fatores externos, como mudanças de negócios, fusões e aquisições, oscilações de mercado, perda de uma grande conta, apenas para citar alguns.
Nessa hora o líder deve ser muito sensível e perceber que pode ser necessário redirecionar o time e agir de uma maneira mais diretiva. Isso não significa que o time regrediu, mas que o líder, ciente de seu papel, sabe conduzir com excelência seu papel.
Em suma, para ser um Líder Coach é necessário não apenas o desejo do próprio líder, mas uma condição da equipe, de cada subordinado, e do momento do time.
O papel do líder, do gestor de pessoas é um papel nobre e importante, muitas vezes menosprezado em sua importância. Lembre-se sempre que estamos lidando com gente. Gente tem expectativas, tem coração, tem oscilação de humor, tem dúvidas.
Ter sensibilidade para lidar com gente é fundamental para assumir o papel de líder!
Raquel de Moraes Sarmento

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